A Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) está fazendo grandes mudanças no cenário das criptomoedas por lá. A novidade? A FSA decidiu reclassificar algumas criptomoedas como produtos financeiros, o que deverá diminuir os impostos sobre a renda gerada por esses ativos digitais.
De acordo com informações do jornal Asahi Shimbun, essa reclassificação abrangerá 105 criptomoedas, entre elas os populares Bitcoin e Ethereum. As corretoras que atuam com esses ativos terão que apresentar detalhes importantes, como se o token tem um emissor, a tecnologia blockchain que usa e a volatilidade dos preços. Para quem investe, essa transparência é um ponto positivo.
Além disso, a FSA está se preparando para implementar medidas de ética e segurança. Isso inclui a proibição de que emissores ou executivos de corretoras negociem criptoativos com base em informações não divulgadas. Isso significa que cronogramas de listagens, por exemplo, não poderão ser usados para vantagem própria.
O objetivo dessa reclassificação é claro: fazer com que as criptomoedas sejam tratadas como investimentos tradicionais. A ideia é que o imposto sobre a renda proveniente desses ativos caia de 55% para 20%. Isso é uma mudança significativa que, com certeza, vai atrair ainda mais investidores.
Vale lembrar que o Japão tem uma história de cautela com criptomoedas, especialmente após o colapso da Mt. Gox em 2014. Desde então, o país tem trabalhado para se reinventar como um hub para a Web3, o que é bem interessante. Um exemplo recente é a fintech JPYC, que lançou a primeira stablecoin lastreada em ienes, reconhecida oficialmente no Japão. O objetivo é ter cerca de 10 trilhões de ienes (em torno de US$ 65 bilhões) em circulação em três anos.
Essas mudanças devem ser apresentadas em forma de emendas às leis financeiras no início do ano legislativo de 2026. Fique ligado, pois o cenário das criptomoedas por lá promete ser cada vez mais inovador e atrativo!
